Estudantes do ensino médio protagonizam sessão do Parlamento Estudantil na Câmara
A Câmara - 16/10/2025
Na manhã desta quinta-feira (16), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes foi palco de uma sessão especial do Parlamento Estudantil, iniciativa que reúne alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares do município para apresentar propostas legislativas e debater ideias voltadas ao bem comum. Na sessão, que simulou uma reunião ordinária, os jovens vereadores ocuparam os assentos dos parlamentares e apresentaram projetos que abordam desde educação e meio ambiente até saúde mental, tecnologia e mobilidade urbana.
Os estudantes eleitos para compor a Mesa Diretiva do Parlamento Estudantil foram: Pietro Abílio Gonçalves Corrêa, do Colégio Guarani, como presidente; José Olívio Silva, da Escola Estadual Professor Lucinda Bastos, como vice-presidente; Ana Lívia Soares de Souza, do Colégio Náutico Mogiano, como primeira-secretária; e Fabrício Luan dos Santos Silva, da Escola Vereador Narciso Yague Guimarães, como segundo-secretário.
O presidente da Câmara, vereador Francimário Vieira Farofa (PL), destacou a importância do Parlamento Estudantil. “Hoje é um dia especial. Fico muito feliz por todos os projetos que vocês vão apresentar nesta Casa. O Parlamento Estudantil tem colaborado muito com a cidade por meio dos projetos, e isso é muito bacana”, ressaltou.
Projetos aprovados
Ana Livia Soares de Souza, do Colégio Náutico Mogiano, apresentou o projeto “Leitura em Movimento”, que propõe o incentivo à leitura diária entre estudantes da rede pública municipal por meio de ações educativas e atividades literárias. “É uma proposta capaz de promover a troca de livros e de experiências entre os alunos. A partir deste projeto, a leitura passa a ser valorizada”, afirmou a estudante.
Camily Vitoria Jesus dos Santos, da escola Padre Bernardo Murphy, propôs o projeto de lei "Caminho mais seguro para a educação", com o objetivo de mapear e coletar informações sobre riscos no entorno das escolas, contribuindo para um ambiente escolar mais seguro.
Daniela Martins Souza, da Escola Estadual Paulo Ferrari Massaro, sugeriu a integração do esporte como instrumento pedagógico, voltado à promoção da saúde física e mental, além de favorecer o desenvolvimento social de crianças e adolescentes. “O projeto visa fortalecer a prática esportiva nas escolas, com oficinas, campeonatos, incentivo ao esporte adaptado e formação de professores”, argumentou a jovem.
Fabrício Luan dos Santos Silva, da Escola Vereador Narciso Yague Guimarães, defendeu a promoção da educação no trânsito e a implementação de medidas de segurança viária nas imediações das escolas, visando à proteção de estudantes e da comunidade. “O objetivo é proteger a vida e formar cidadãos, além de melhorar a sinalização próxima às instituições de ensino. A ideia é reduzir acidentes e fazer com que as crianças cheguem à escola com tranquilidade”, argumentou.
Franklin Menezes dos Santos, da Escola Estadual Dora Peretti de Oliveira, criou o projeto “Escola-Empresa”, que tem como meta aproximar as instituições de ensino das empresas locais, promovendo oportunidades de estágio e aprendizado prático para os alunos. “Muitos de nós chegamos ao ensino médio sem ter certeza de qual caminho seguir, e isso é um problema crônico que enfrentamos”, pontuou o estudante, defendendo a importância da medida para o futuro profissional dos jovens.
Gustavo Eiti Nihibori, da Escola Dr. Sentaro Takaoka, idealizou o “Projeto Conecta Ciclista”, que propõe a implantação de uma ciclovia para conectar bairros, escolas e espaços públicos, incentivando o transporte sustentável e seguro. “Já presenciei acidentes envolvendo pessoas que usavam a bicicleta como meio de transporte ou lazer. Essa é uma questão que afeta diretamente a segurança e a mobilidade de nossa cidade. O objetivo é implantar uma ciclovia segura e acessível”, ressaltou.
Isadora Andrade Munhoz Marques, do Placidina Colégio Católico, apresentou uma proposta para a criação do Concurso Municipal de Decoração Natalina, com o objetivo de estimular o turismo e valorizar o embelezamento urbano durante as festividades de fim de ano. “Além de promover o embelezamento da cidade, o projeto incentiva a criatividade dos munícipes, inclusive com a possibilidade do uso de materiais recicláveis”, defendeu a estudante.
Isadora Barros Neves, da ETEC Presidente Vargas, criou o programa “Alunos Salvam Vidas”, voltado à capacitação de estudantes do Ensino Médio em noções básicas de primeiros socorros, promovendo a formação cidadã e a prevenção de acidentes. “Acidentes acontecem o tempo todo, e o atendimento rápido pode ser o diferencial”, afirmou Neves.
Julia Souza Locateli, do Colégio Millenium Construtivo, propôs o Programa Municipal de Reintegração Social e Econômica de Pessoas em Situação de Rua, com ações voltadas à recuperação da dignidade e da autonomia desses cidadãos. Locateli defendeu a viabilidade da proposta, pontuando que as ações do poder público são, muitas vezes, ineficientes. “Em geral, o poder público atua de forma emergencial, o que é custoso, ineficiente e não representa uma real melhoria para a problemática em questão”.
Luana Santos Dias, da Escola José Ribeiro Guimarães, sugeriu o replanejamento da iluminação pública em áreas residenciais e escolares, com o intuito de melhorar a segurança e o conforto da população. “A iluminação é uma ferramenta importante para o bem-estar da população e interfere diretamente na produtividade das pessoas”, ressaltou.
Luis Fernando de Oliveira, da Escola Sylvia Mafra Machado, defendeu a ampliação do atendimento médico e odontológico especializado para estudantes da rede pública, buscando garantir mais qualidade de vida e a prevenção de doenças. “Como um estudante irá aprender se não enxerga o que está na lousa ou se não escuta o que o professor está falando?”, questionou o jovem parlamentar.
Manuela Garcia Magalhães, da escola Maple Bear, criou um programa de promoção da saúde mental de jovens e adolescentes, com foco na prevenção ao suicídio e no acolhimento psicológico dentro das instituições de ensino.
Maria Clara Silva, do Colégio Raízes, propôs a criação de Laboratórios de Inteligência Artificial Ética nas escolas, voltados ao desenvolvimento de soluções tecnológicas responsáveis e à formação de estudantes conscientes sobre o uso da tecnologia. “Hoje em dia, com a possibilidade do uso desses recursos, muitos alunos não os têm utilizado de maneira adequada. Meu intuito é que os alunos saibam utilizar a inteligência artificial de forma mais benéfica para si e para os outros”, ressaltou a jovem.
Maria Eduarda Ribeiro Gomes, da Escola Comendador Koheiji Adachi, idealizou a “Patrulha Animal”, uma força especializada na proteção e defesa dos animais, com ações educativas e fiscalização do bem-estar animal no município. “É um projeto que prevê fiscalização, resgate, atendimento veterinário, abrigo temporário e incentivo à adoção responsável em parceria com ONGs, clínicas e órgãos públicos”, enfatizou.
Maria Heloisa Soares Loureiro, da Escola Estadual Professora Lucinda Bastos, sugeriu a digitalização da biblioteca municipal, promovendo maior acessibilidade ao acervo literário e incentivando o uso da tecnologia na educação. “O objetivo não é substituir a biblioteca física, mas garantir que todos os cidadãos mogianos tenham acesso à cultura e à educação”, afirmou.
Mayara Dallile, da Escola Professor Sebastião de Castro, propôs a inclusão da disciplina “Educação para a Cidadania” no currículo da rede municipal, com o objetivo de formar cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres. “É um projeto que nasceu do desejo de ver a escola formando não apenas bons alunos, mas também bons cidadãos, buscando despertar nos estudantes o senso de empatia e participação”, afirmou Dallile.
Nathália Fernandes Bastianelli, do Colégio Objetivo, apresentou o PROMAETEC – Programa Municipal de Atração de Empresas de Tecnologia, uma iniciativa para fortalecer o ecossistema de inovação em Mogi das Cruzes. “É um projeto que não fala apenas de tecnologia, mas de futuro, juventude e oportunidades reais para o nosso município. Uma proposta que prepara Mogi das Cruzes para o amanhã com responsabilidade”, defendeu.
Nathan Felipe Magalhães, da Escola Professora Irene Caporali de Souza, sugeriu a implantação gradual de sistemas de energia solar em instituições públicas de grande porte, como forma de estimular o uso de fontes renováveis e reduzir os custos com energia. “Acredito que essa iniciativa representa um passo importante para a economia, a sustentabilidade e a responsabilidade com as gerações futuras”, disse o estudante.
Pietro Abílio Gonçalves Corrêa, do Colégio Guarani, propôs a criação da “Ecomoeda”, uma moeda digital que recompensa práticas sustentáveis como a reciclagem, oferecendo benefícios à população e promovendo a conscientização ambiental. “O Brasil tem uma baixíssima porcentagem de reciclagem, e R$ 14 milhões são gastos anualmente com aterros sanitários”, justificou Pietro.
Rafael Kenzo Noguti, do Colégio Brasilis, apresentou o projeto “Mogi contra o desperdício”, que institui o Programa Municipal de Aproveitamento de Alimentos, com foco na redistribuição de excedentes e no combate à fome. “Essa proposta nasce de uma preocupação real e urgente. Enquanto toneladas de alimentos próprios para consumo são descartadas diariamente, muitas famílias mogianas lutam para ter o básico”, argumentou.
Rafaela Ferreira dos Santos, da Escola Professor Firmino Ladeira, criou o Programa Municipal de Acolhimento Familiar para idosos em situação de vulnerabilidade, com o intuito de garantir moradia e cuidados humanizados por meio de famílias acolhedoras. “Os idosos precisam do nosso apoio completo. Além de oferecer esse suporte, o projeto também visa diminuir a sobrecarga nas instituições de longa permanência”, informou a vereadora mirim.
Samuel Gabriel de Souza Soares, da Escola Benedito de Souza Lima, idealizou o Programa de Proteção e Recuperação de Nascentes e Margens da Represa de Taiaçupeba, promovendo a preservação ambiental e o uso consciente dos recursos hídricos. “A represa é essencial para o abastecimento da cidade e representa vida, biodiversidade e o futuro das próximas gerações”, disse Soares.
Thales Fujita, do Instituto Educacional NEC, propôs a criação da Olimpíada Municipal de Oratória e Debate, incentivando o desenvolvimento da comunicação, da argumentação e do pensamento crítico entre os estudantes mogianos. “A Olimpíada será voltada para alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio de escolas públicas e privadas do município”, explicou.
Por fim, José Lívio Ferreira dos Santos, da Escola Prof. Benedito Borges Vieira, apresentou uma proposta de educação sobre criptoativos e blockchain nas escolas do município.
O Parlamento Estudantil é um programa educativo que oferece aos alunos de escolas públicas e privadas a oportunidade de transformar ideias em projetos de lei, buscando soluções para problemas cotidianos em áreas como saúde, educação, meio ambiente, segurança e emprego. A ação é organizada para fomentar o protagonismo juvenil, despertar o interesse pela política e valorizar o exercício da cidadania.
A seleção dos participantes foi realizada com base na qualidade dos projetos elaborados pelos próprios candidatos. Uma comissão avaliadora analisou as propostas seguindo critérios como criatividade, originalidade, pertinência ao interesse municipal, correção gramatical e clareza. Ao todo, foram escolhidos 23 alunos do Ensino Fundamental II e 23 do Ensino Médio, que atuaram como vereadores estudantis por um dia. A mobilização para a 15ª edição do programa superou as expectativas, com 325 projetos enviados por 45 escolas.
Vale ressaltar que, em caráter excepcional e para contemplar todas as escolas inscritas, a modalidade do Ensino Médio teve 24 projetos selecionados neste ano.
“Foi um debate de alto nível e com respeito. Tivemos projetos importantíssimos, inovadores e que dialogam com o que Mogi das Cruzes precisa”, concluiu a presidente da Comissão Permanente de Educação, vereadora Malu Fernandes (PL).
Também participaram da cerimônia de abertura o padre Marcos Sulivan e os vereadores Bi Gêmeos (PSD), Inês Paz (PSOL), Rodrigo Romão (PCdoB), Priscila Yamagami (PP) e Edson Santos (PSD).
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