Câmara entrega título de “Cidadã Mogiana” à escritora e poetisa Miriam Amélia de Novaes Kucinskis

A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes outorgou, em sessão solene nesta sexta-feira, 3, título de “Cidadã Mogiana” à escritora e poetisa Miriam Amélia de Novaes Kucinskis. A iniciativa é da vereadora Inês Paz (PSOL) e obedece ao Decreto Legislativo n.º 267/2025.

Os trabalhos parlamentares foram conduzidos pela vereadora Inês, com o vereador Maurinho Despachante (PRD) na primeira secretaria. Além deles, compuseram a mesa diretiva  a professora aposentada, poeta e escritora Nilza Gomes, o engenheiro da Computação Fabrício Kucinskis — filho da homenageada—, a terapeuta Alda Costa, o secretário Municipal de Cultura, Guilherme Dela Plata, o bibliotecário, historiador e poeta, Auro Malaquias, a arquiteta, engenheira, professora universitária e poeta, Ana Sandim, o presidente da AMHAL (Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras), João Anatalino Rodrigues, e a própria homenageada.

Inês Paz justificou os motivos que a levaram a prestar a homenagem.

“Sua trajetória representa um elo vivo entre gerações, sustentando a crença na palavra como ferramenta de emancipação, beleza e transformação social. Conceder-lhe o Título de Cidadā Mogiana é mais que um reconhecimento: é um dever de justiça cultural e histórica da cidade para com quem tanto contribui para o seu imaginário, sua memória e sua esperança”, argumenta.

Auro Malaquias falou sobre a homenageada. “É uma felicidade ter essa escritora, que nos brinda com contos, palestras, declamações e participações em feiras literárias. Ela luta, ao lado do grupo literário Di'Versos, pela nossa literatura regional. Parabéns!”.

Alda Costa também enalteceu a escritora. “Miriam Amélia é uma grande poeta. Vou contar um segredo: ela faz mágica com lápis e caneta nas mãos. Quando ela soma pensamento, intenção e coração, faz nascer livros que geram lindos frutos. Assim, Miriam Amélia nos encanta”.

A professora e poeta Nilza Gomes também congratulou a homenageada. “É uma honra estar aqui. Gostaria de escrever 10% do que Miriam Amélia escreve. Estou emocionada e feliz por estar com todos vocês nesta noite”.

Ana Sandim foi mais uma a deixar suas palavras de admiração. “Miriam Amélia tem muitas histórias. Mas a maior delas é esse olhar que brinca com o cotidiano, que colhe flores das dificuldades e que nos inspira a viver”.

O secretário Municipal de Cultura, Guilherme Dela Plata, discursou representando a prefeita Mara Bertaiolli (PL). “Mogiana de coração, Miriam Amélia construiu uma obra diversa, com sensibilidade e generosidade. Sua dedicação à arte e à cultura é exemplo para nossa Cidade”.

Fabrício kucinskis, filho da homenageada, falou sobre sua mãe. “Ela superou enormes dificuldades com muita força, mas também com muita leveza. Em Mogi, ela encontrou amigos que a ajudaram a construir dois grupos culturais aqui na Cidade. Ela é muito dedicada à arte e a inspirar pessoas. É uma homenagem muito justa e mais do que merecida. Agora é oficial: você será correspondida no seu amor por Mogi”.

Miriam Amélia encerrou os discursos. “Agradeço imensamente a todos vocês. Sinto-me muito honrada com este título. Nunca sonhei tão alto.  Na minha primeira noite aqui, lembro de olhar para cima e de pensar: este é o meu teto. Me apaixonei pela poesia, começando com versos para meus namorados. Depois, me aventurei a escrever crônicas. Não tinha a pretensão de publicar livros. Em 2007, participei de um concurso e meu poema foi parar em uma antologia. Depois, integrei o grupo literário Entremeio. Quando me tornei avó, passei a escrever para crianças. Já escrevi 14 livros e estou fazendo o 15°. Muito obrigada pelo carinho e reconhecimento”.

Biografia

Natural de Seabra, Bahia, Miriam Amélia de Novaes Kucinskis há mais de quarenta anos escolheu Mogi das Cruzes como sua cidade.

Miriam Amélia é escritora, poeta, cronista, contista e militante da cultura.  Com treze obras publicadas, seu repertório abrange desde gêneros da poesia, passando por contos e crônicas, até chegar em publicações  de literatura infantil, entre elas os reconhecidos livros "Rosário" e "De Fadas e Bruxas".

Foi integrante e animadora de grupos literários que marcam a memória cultural da cidade como o “Entremeio Literário” e o atual “Grupo Di'Versos”, espaços de resistência poética e encontro entre criadores e leitores mogianos.